quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Movimento Pró-Democracia

Logo no final da apuração, um grupo de jovens resolveu criar um blog e uma comunidade no orkut para tratar das fraudes nas eleições do Rio de Janeiro. Não se trata de 'chorar pelo leite derramado' como algumas pessoas disseram, mas sim de mostrar o inconformismo por parte da população carioca diante da boca de urna, compra de votos e panfletos apócrifos que consistem em CRIME eleitoral.


Vale ressaltar também que o movimento não levanta qualquer bandeira de partido político, mas sim, defende a democracia que hoje se sente ameaçada por um sistema eleitoral até então intacto, mas como todo sistema, tem lá suas falhas.

Segue abaixo o manifesto e o panfleto do protesto que ocorrerá no próximo dia 31/10, sexta feira, na Cinelândia.


Protesto pró-moralização democrática nas eleições de 2008 do RIO DE JANEIRO!20% de abstinência

POR CAUSA DO FERIADO ADIANTADO PELO GOVERNO ESTADUALE OS MILHARES DE CRIMES ELEITORES FEITO POR PAESQUEREMOS INVALIDAÇÃO DA ELEIÇÃO!QUASE 1 MILHÃO DE CIDADÃOS NÃO VOTARAM!

Sexta-feira na Cinelândia 12h, saindo as 13h para o TRE DE PRETO

RESUMO:

1. Candidatura registrada fora do prazo de desincompatiblização;

2. 50 milhões de reais de despesa de campanha - quem bancou?

3. Uso político das UPAs (em Barra Mansa o prefeito eleito perdeu o cargo por isso) e restaurantes populares

4. Corrupção eleitoral, coação de leitores na Rocinha, ZN (região da PAvuna) e ZO

5. Boca de urna por vereadores eleitos da coligação oposta (vi e fotografei, posso provar)

6. Campanha difamatória contra Gabeira, claramente bancada e sustentada por políticos da outra coligação (tipo Liliam Sá e Clarissa Garotinho)


domingo, 26 de outubro de 2008

Desilusão Carioca

A onda Gabeira que parecia ter se tornado um tsunami, morreu na praia. Mas, a convicção de que essa foi uma das eleições do Rio de Janeiro que mais mobilizou pessoas jamais deve ser esquecida.
Um candidato que começou com menos de 6% das intenções de votos nas pesquisas, conseguiu chegar ao segundo turno depois de uma campanha eleitoral inovadora que utilizou-se majoritarimante da internet e a televisão de forma criativa e que mexeu com grande parte da população da Cidade Maravilhosa.

Hoje, Gabeira perdeu as eleições. Mas obteve uma vitória política, pois apesar de não ter ganho as eleições, a diferença foi mínima e isso mostra a capacidade da população carioca.

A esperança acabou?
A esperança de um Rio melhor, um Rio de Gabeira...inovador.

------------------------x---------------------

Música do dia: O Rio de Gabeira

sábado, 25 de outubro de 2008

3 minutos

Os 3 minutos finais do debate de ontem entre os candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro foram recheados de emoção. Pelo menos para mim e para minha mãe.
Os 3 minutos de considerações finais da fala de Fernando Gabeira, mexeu profundamente com nossos ânimos. Na minha cabeça, passou um filme: Um candidato que começou a campanha eleitoral com 6% das intenções de voto, hoje aparece na frente do seu oponente, Eduardo Paes.
Incrível como a campanha de Fernando Gabeira conseguiu mobilizar tanta gente esse ano.
Incrível como ele conseguiu inovar de maneira inteligente e mobilizar milhares de voluntários para a sua campanha.


Há algumas semanas atrás, algumas pessoas vieram me indagar sobre o fato de eu estar votando em alguém apoiado pelo velho partido PSDB(partido que sempre fui contra). Hoje eu digo que não sou mais aquele bobo radical que vota em 'partidos'. Voto na pessoa e não em 'facções' políticas. Voto no Fernando Gabeira, sim. Mas voto porque acredito na sua luta, nas suas propostas e visões de futuro.
Voto porque o Rio de Janeiro precisa de mudança!E mudança já!
Não quero o continuísmo de Eduardo Paes que insiste em atacar seu adversário, sempre enfatizando que César Maia apóia Fernando Gabeira. Como bem disse o meu candidato, Eduardo Paes tem o estilo César Maia de governar, já que aprendeu com ele todas as artimanhas da 'arte de governar'.

Gabeira traz consigo, enfim, a modernidade. A EPIFANIA que o Rio de Janeiro tanto precisa.

-----------------------------------------x---------------------------------
Música do dia: O Rio de Gabeira

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Meia catupiry, meia mussarela

Em um domingo logo no início da noite, decidi com a minha mãe qual pizza iríamos pedir para o nosso pseudo-jantar: Meia catupiry, meia mussarela. Dito e feito, liguei para a pizzaria e fiz o nosso pedido.
Ao voltar para o quarto dela, começamos a conversar sobre diversos assuntos: viagens, passado, presente, futuro. Perspectivas de um amanhã que relembra o passado e vice-versa.
Comecei a pensar comigo mesmo sobre o que acontecia naquele exato momento em outros cantos da cidade, do país e do mundo. Mortes, gente passando fome, gente que esbanja dinheiro. Mulheres semi-nuas em vitrines, expostas para quem passa nas ruas. Homens ricos à procura de mais dinheiro para satisfazer seu próprio ego, mesmo que através de mecanismos ilícitos.

Filas em hospitais, professores corrigindo provas, bares lotados de homens vazios, sem perspectiva. Ou talvez até pessoas que saíram para se divertir, sem fazer mal a ninguém. Orquestras Voadoras, aporias que vagam por aí e dominam as pessoas, como almas penadas que rondam os cemitérios.
Epifanias descobertas, camas molhadas de suor, estudantes em casa, estudantes na rua. O tráfico de drogas, o baile funk. O molejo da garota de ipanema do século XXI...

Sonhos, devaneios...tudo o que corre o mundo, ou apenas a nossa cidade. Quantas coisas acontecem paralelas aos que estamos fazendo? Quanta gente morre, quanta gente nasce...Quantos políticos roubam? Quantas verdades são ditas?E quantas mentiras?
Inexplicável ilusão.

O interfone toca.
A pizza chega.
E tudo isso fica para trás.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Uma menina chamada Aporia

No início desse semestre, na primeira semana de agosto, conheci uma menina chamada Aporia. Na Puc, ela apareceu logo no primeiro dia de aula de 'História do Pensamento'.Ela surgiu e começou a falar sobre sua própria existência, sem pedir licença e sem falar de onde vinha.
Simplesmente ela apareceu e veio me perseguindo por todos os lados, ela vai na Lapa, na Casa da Matriz, na Pista 3.

Um ser invisível que permeia minha mente e toma conta dos meus sentimentos, mesmo sem eu me dar conta.Nas aulas de quarta e sexta-feira, no último tempo, ela aparece viva para mim.Mesmo que abstramente e sem saber da minha existência.
Ela está comigo, mas eu não estou com ela.

Ela tá no meu blog, nas minhas leituras, nas minhas conversas com meus amigos e com a minha mãe. Ela está presente na cerveja que eu bebo, na coca cola que eu degusto...Não sai de perto de mim.Virou uma fixação...

Mas agora ela tá me abandonando.
Conheci outra menina, chamada Epifania.
Ela é linda, robusta e me acompanha.
Assim como eu acompanho ela também.

Na Epifania, encontrei a paz.
A Aporia trazia desespero, uma espécie de 'non-sense'.


Adeus, Aporia.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Limpeza de Chaminé

Rodopiar, levantar...Sacudir a mente.
Caixa postal, secretária. Viagens, Nova Iorque. Mesa, sala...Cigarros, cerveja, coca cola. Você...eu. Ao som de um bolero.
Reciprocidade. Rock and Roll.

Chico Buarque.

VIDA.

Elementos naturais, tipográficos. Símbolos. Papel.
Caneta. Ar. Entende-se como o que?
Carne. "Limpar chaminé".
Subir a escadaria da Penha. Metrô. Ladeira. Cinelândia.
Corpos, cenário...Vida.
Morte.
Azul, amarelo, abacate.
Marrom, mesa.
Montanha. Subindo a montanha!
Pele, pêlo.
Pelo mundo que aguarda.
Pelo mundo que respira.
Saudação:
Oi, Olá.
Paz.
Infinitamente promissor.
Breuer. Freud. Nietzsche.

Chaminé limpa.
Verdades.
Conceitos.
Idéias.
Verdades.
Suor.
Lágrima.
Pensamentos ocultos.
Subindo a rua da ladeira...
Chico.
Vida.
Respiração.
Afagar, ofegante.
Caminhando.
Mar, flores.
Sonhos.
Aquário.
Signo.
Significante.
Fim da aporia.
Epifania.


PAZ.

domingo, 12 de outubro de 2008

Seu Chico, 'O Nosso Chico'

Ontem, no Teatro Odisséia na Lapa recebeu pela segunda vez no mês a banda Seu Chico.
Uma banda de Recife que de forma criativa, canta as músicas do Chico Buarque, acompanhada de um coro de uma platéia que se emocionou ao ouvir músicas como 'Construção', 'Roda Viva', 'Vai Passar', 'Acorda, amor', 'Pelas tabelas'.
Durante o show, eles também contaram a história de um jovem garoto dos olhos verdes, o 'Chiquinho' que conheceu o Antônio e o Sr. Morais.
Isso sem contar com a grande performance do tecladista Vítor Araújo que com aquele jeitinho de menino e com sua grande capacidade musical, transmitiu uma emoção sem igual para os apreciadores da boa música.

Perto do fim, eles tocaram (em ritmo de frevo), 'Não existe pecado do lado de baixo do Equador' e voltaram para o bis, depois de muitos aplausos para tocar 'Jorge Maravilha' que sacudiu de vez o Teatro Odisséia e animou a noite daqueles cariocas de todas as gerações.
Uma noite inesquecível que vai ficar na memória de todos aqueles que estavam ali presentes.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Orquestra Voadora na Cinelândia

No último domingo, fui assistir ao filme 'Apenas o fim' do Festival do Rio no cinema ODEON, na Cinelândia. Quando cheguei lá (com algumas horas de antecedência), algo surpreendente me saltou os olhos. Um grupo de músicos e atores de rua que, encostados no em um banco da praça, afinavam seus instrumentos e se preparavam para uma apresentação.
O público, naquele momento, era invisível, excetuando eu e uma meia dúzia de pessoas que não tinham mais o que fazer. De repente, os músicos atacaram algumas marchinhas de carnaval e os atores encenavam a morte da cultura diante de todos.

Era uma reinvidicação.

Sim, uma REINVIDICAÇÃO. O teatro deles fora fechado por falta de verba da prefeitura, exatamente no mesmo dia em que a Cidade Maravilhosa escolhia quem iria pro segundo turno das Eleições 2008: Gabeira ou Crivella.
Não foi apenas um divertimento ou uma reinvidicação qualquer. Mas sim, uma mistura dos dois. Um momento mágico em que os voluntários do Festival do Rio, de forma primorosa, quebraram o protocolo e se dirigiram para mais próximo para ver aquele grupo de artistas que se auto-denominavam de 'Orquestra Voadora'.

Palavras seriam insuficientes para descrever o que aquele grupo proporcionou a todos que estavam lá presentes. Uma cultura livre, SEM LIMITES. Um grupo que levou alegria àqueles que estavam lá. Gente de todo tipo: senhoras, jovens, velhinhos, mendigos. Foi a alegria também dos ambulantes que venderam bastante água e cerveja para aqueles que curtiam a euforia do momento.

Uma Orquestra Voadora inovadora. Não tocaram só marchinhas de carnaval. Misturaram Michael Jackson, Mutantes e Tim Maia. Ecoaram músicas de filmes e provocaram até uma certa melancolia naquele a quem vos escreve.

De repente, como numa quarta-feira de cinzas chuvosa, eles foram embora. Quase que sem explicação, dando à arte uma esponteneidade marcante e especial, aos olhares de cada um de nós.

--------------------------------------x-------------------------------------
Música do dia: No momento, não estou ouvindo música, pois estou em uma biblioteca. Mas todas as músicas tocadas nesse último domingo, pela Orquestra Voadora, me vêm à cabeça.